Semanas atrás, o dia foi da poesia. Mas o tempo não quis fazer versos. Só agora estou eu aqui. Pause. Com mais uma coleção fugaz. Arte em poucas sílabas. Ensinamento que veio do Japão. Uma homenagem sutil. Sensibilidade e humor do Brasil.
Millôr Fernandes e seus Hai-Kais:
“Probleminhas terrenos:
Quem vive mais
morre menos?”
“Meu sonho é mixo;
ter a felicidade que
os outros põem no lixo”
“Nos dias quotidianos
É que se passam
Os anos”
“Na poça da rua
O vira-lata
Lambe a Lua”
“Nada tem nexo
tudo é apenas
um reflexo”
“A vida é um saque
que se faz no espaço
entre o Tic e o Tac”
E pra fechar:
“Goze.
Quem sabe essa
é a última dose?”
Simples (?) assim.
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